(…)”A ideia de que existe uma linguagem neutra é um mito. Toda linguagem é necessariamente marcada por gênero, ainda que de diferentes maneiras.”
(…)”Um dos principais argumentos contra a linguagem neutra é que ela seria difícil de entender e usar.”
(…)”O debate sobre a linguagem neutra é importante porque levanta questões importantes sobre gênero, identidade e linguagem.”
(…)”É importante que este debate seja feito de forma respeitosa e inclusiva, dando voz a todos os lados da questão.”
Não existe linguagem neutra!
Livro – Não existe linguagem neutra!: gênero na sociedade e na gramática do português brasileiro
Escrito por: Raquel Freitag
Está nos jornais, virou conversa de bar e até tema de discursos inflamados de parlamentares: a tal da linguagem neutra ganhou as ruas e há trincheiras a favor e contra.
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Mas o que é exatamente linguagem neutra? Existe gênero gramatical neutro?
E linguagem inclusiva? A escola deve ensinar marcas não binárias?
Quais são essas marcas no português?
Em um livro fascinante, Raquel Freitag mostra que o português brasileiro está passando por um momento de menor estabilidade, com a regra de uma hegemonia, o masculino genérico, sendo ameaçada.
E discute, ainda, como a ambiguidade do adjetivo “neutra” do título do livro permite que diferentes grupos evoquem a sua perspectiva, alinhada ao seu modo de ver e conceber o mundo.
➡️Leia Trechos do livro: “Não existe linguagem neutra!” por Raquel Freitag
(…)”O português brasileiro, como a maioria das línguas do mundo, é uma língua de gênero binário. Isso significa que a maioria dos substantivos e adjetivos têm flexão de gênero masculino e feminino.”
(…)”A proposta de linguagem neutra visa criar formas de expressão que não reproduzam a binaridade de gênero. Isso pode ser feito através do uso de termos neutros, como “todes” e “todxs”, ou da reescrita de frases para evitar a marcação de gênero.”
(…)”Outro argumento é que a linguagem neutra seria desnecessária, pois o português já possui formas de se referir a pessoas de forma neutra, como o pronome “você”.”
(…)”Alguns críticos também argumentam que a linguagem neutra seria uma forma de imposição ideológica.”
(…)”A linguagem neutra é uma proposta ainda em desenvolvimento, e é importante que continuemos a debatê-la para que possamos encontrar soluções que sejam adequadas para todos.”
(…)”A linguagem inclusiva é uma ferramenta importante para visibilizar as mulheres e as pessoas não binárias na linguagem e para combater o sexismo e a discriminação de gênero.”
(…)”As propostas de linguagem neutra não se baseiam em nenhuma teoria linguística sólida e, na verdade, podem dificultar a comunicação e a inclusão.”
Conheça o Autor
Raquel Freitag é professora titular do Departamento de Letras Vernáculas, com atuação no Programa de Pós-Graduação em Letras e no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Sergipe. Graduada em Letras, mestre e doutora em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Foi vice-presidente da Associação Brasileira de Linguística ABRALIN (2019-2021) e vice-presidente da associação do Grupo de Estudos Linguísticos e Literários do Nordeste, por duas gestões (2019-2020 e 2021-2022). Coordenadora da área de Letras/Linguística do Comitê de Assessoramento do CNPq (2021-2024).
Pela Contexto é coautora dos livros “História do Português Brasileiro Vol. IV” e “Psicolinguística: diversidades, interfaces e aplicações”.
Detalhes do livro
Editora: Contexto; 1ª edição (16 abril 2024) Idioma: Português Capa comum: 176 páginas ISBN-10: 6555414294 ISBN-13: 978-6555414295 Dimensões: 16 x 0.8 x 23 cm