(…)Sobre a influência do Cinema Novo: “O Cinema Novo me deu a chave para entender o Brasil e o mundo. Através dos filmes de Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos e outros, pude ver a realidade do meu país de uma maneira nova e crítica.”
(…)Sobre o impacto das películas hollywoodianas: “As grandes produções de Hollywood me fascinavam pela sua grandiosidade e pelos seus heróis. Elas me transportavam para outro mundo, onde tudo era possível.”
(…)Sobre o neorrealismo italiano: “O neorrealismo italiano me ensinou a valorizar a simplicidade e a beleza da vida cotidiana. Filmes como ‘Ladrões de Bicicleta’ e ‘Roma, Cidade Aberta’ me mostraram que o cinema podia ser uma ferramenta poderosa para retratar a realidade social.”
Cine Subaé
Livro – Cine Subaé: Escritos sobre cinema (1960-2023)
Escrito por: Caetano Veloso
Reunião de críticas e depoimentos sobre os filmes que marcaram a trajetória de uma das principais vozes da nossa cultura.
Nome central da música e da poesia brasileira, Caetano Veloso é um cinéfilo singular. Sua adolescência foi moldada pela programação do Cine Teatro Subaé, em Santo Amaro, época em que cogitou se tornar crítico de cinema. Ao longo da vida, os filmes continuaram a ter papel decisivo em seu estilo de compor canções e conceber visualmente os shows.
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Este volume reúne críticas escritas na década de 1960, publicadas no periódico Archote ― muitas delas inéditas em livro ―, além de colunas de jornais, entrevistas, depoimentos e comentários que revelam as predileções, as reflexões e o vasto repertório cinematográfico do compositor.
Com organização de Claudio Leal e Rodrigo Sombra, Cine Subaé é um precioso testemunho que atesta o impacto que o Cinema Novo, as películas exuberantes norte-americanas, o neorrealismo italiano e o existencialismo das fitas francesas tiveram sobre a formação cultural de Caetano Veloso.
O elo de Caetano Veloso com o cinema enfrenta a contradição de, a um só tempo, ser conhecido em demasia e continuar mal iluminado. Em suas entrevistas, o compositor endossou a visão consensual de que o exercício da crítica de cinema ficou cristalizado em seu passado.
Com efeito, depois de sua atuação concentrada entre os dezoito e os 21 anos, em Salvador, ele não voltou a se reconhecer nem a ser visto como um exegeta de filmes. Seu gesto de reencontro veio por outros caminhos.
➡️Leia Trechos do livro: “Cine Subaé” de Caetano Veloso
(…)O cinema é uma arte que me acompanha desde a infância. Ele me ensinou sobre o mundo, sobre mim mesmo e sobre o poder da arte.
(…)O cinema é uma janela para outras realidades. Através dele, podemos viajar para diferentes lugares, conhecer novas culturas e experimentar diferentes modos de vida.
(…)O cinema é um instrumento de reflexão e crítica social. Ele pode nos ajudar a questionar o mundo ao nosso redor e a lutar por uma sociedade mais justa.
(…)A música e o cinema são duas das minhas maiores paixões. Ambas as artes têm o poder de nos emocionar, nos transportar para outros mundos e nos fazer refletir sobre a vida.
(…)O Brasil tem uma rica tradição cinematográfica. Temos grandes diretores, atores e filmes que merecem ser mais conhecidos pelo mundo.
(…)O cinema é uma arte viva que está em constante evolução. Estou sempre ansioso para ver novos filmes e descobrir novos talentos.
“Cine Subaé” é um livro vasto e rico que oferece aos leitores uma imersão profunda no universo cinematográfico de Caetano Veloso. Através de seus textos perspicazes e sensíveis, o autor nos convida a refletir sobre o poder do cinema, a beleza das imagens e a importância da sétima arte em nossas vidas.
Conheça o Autor
Caetano Veloso nasceu no dia 7 de agosto de 1942, em Santo Amaro da Purificação, na Bahia. É autor de Verdade tropical (1997, reeditado em 2017), Letra só (2003), O mundo não é chato (2005) e Letras (2022), os três últimos organizados por Eucanaã Ferraz para a Companhia das Letras.
Um dos líderes do movimento tropicalista, na década de 1960, Caetano Veloso dirigiu o filme O cinema falado (1986), atuou em longas de Julio Bressane e Pedro Almodóvar e compôs trilhas musicais para São Bernardo (1972), de Leon Hirszman, e Tieta do Agreste (1996), de Cacá Diegues, entre outros.
Detalhes do livro
Editora: Companhia das Letras; 1ª edição (28 maio 2024) Idioma: Português Capa comum: 440 páginas ISBN-10: 8535936610 ISBN-13: 978-8535936612 ASIN: B0CTHSK39Y Dimensões: 16 x 2.4 x 23 cm.