(…)”Aos nove anos, descobri que meu corpo era meu, mas também era de outros. Que eu podia ser tocada, olhada, desejada, sem meu consentimento.”
(…)”A morte da minha mãe foi um terremoto que abalou as bases da minha vida. Eu me senti perdida, sem chão, sem futuro.”
(…)”O amor é um sentimento complexo e contraditório. Ele pode trazer alegria e dor, euforia e desespero.”
(…)”A decisão de abortar foi uma das mais difíceis da minha vida. Eu sabia que estava fazendo a coisa certa, mas ainda assim me senti culpada e envergonhada.”
Melhor não contar
Livro – Melhor não contar escrito por Tatiana Salem Levy
Melhor não contar abre com uma cena iniciática: aos dez anos, a protagonista relaxa numa piscina, na companhia da mãe e do padrasto. Sem ter chegado ainda à puberdade, se desfaz da parte de cima do biquíni e desfruta da inocência sob o sol e o vento.
O sossego é interrompido quando o padrasto, um aclamado cineasta, apresenta o esboço do desenho de observação que fizera há pouco ― ali está a menina, retratada naquele momento, com um detalhe que foi impossível passar desapercebido: “Seus mamilos, apontando um para cada extremidade do papel, chamam a atenção. Há mais tinta neles, foram desenhados com força. Estão eretos, reparo”.
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Esse acontecimento marcaria o fim da infância daquela menina, filha de uma intelectual e jornalista pioneira, uma mulher de espírito e vitalidade incomuns. E, a despeito disso ― como repara a narradora, já adulta ―, até mesmo essa mãe poderosa e aparentemente imbatível teve que se haver com os flutuantes desejos masculinos e as desigualdades gritantes entre os gêneros.
Na vida e na arte. Fazendo do título do livro um paradoxo brilhante, a narradora resolve então contar tudo (ou quase): da doença galopante que vai tirar a mãe do seu convívio ainda na juventude à reação de um companheiro a um aborto da protagonista já madura e morando no exterior.
E faz ainda mais: reflete sobre a diferença entre mulheres e homens na hora de narrar uma história.
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➡️Leia Trechos do livro: “Melhor não contar” de Tatiana Salem Levy
(…)O sossego é interrompido quando o padrasto, um aclamado cineasta, apresenta o esboço do desenho de observação que fizera dela, marcando assim o fim da sua inocência.
(…)A morte da minha mãe me deixou com um vazio que nunca consegui preencher completamente. Ela era a minha referência, a minha confidente, a minha melhor amiga.
(…)O amor é um sentimento complexo e muitas vezes contraditório. Ele pode nos trazer a maior felicidade, mas também a maior dor.
(…)A decisão de abortar foi uma das mais difíceis que já tive que tomar na minha vida. Mas eu sabia que era a coisa certa a se fazer.
(…)A sexualidade feminina é um tabu em muitas sociedades. As mulheres são reprimidas e controladas desde cedo, e isso tem um impacto negativo em suas vidas.
(…)É importante que as mulheres falem sobre suas experiências, mesmo que sejam dolorosas. Só assim poderemos romper o silêncio e começar a mudar a sociedade.
(…)A escrita é uma ferramenta poderosa que pode ser usada para contar histórias, expressar emoções e provocar mudanças.
(…)A família é um porto seguro onde podemos encontrar amor, apoio e compreensão.
(…)É possível superar os traumas do passado e construir uma vida feliz e plena.
(…)Sempre devemos ter esperança, mesmo nos momentos mais difíceis. A esperança é o que nos motiva a seguir em frente.
Conheça o Autor
Tatiana Salem Levy é romancista e ensaísta. É autora, entre outros, dos premiados romances A chave de casa e Vista Chinesa, este último lançado pela Todavia em 2021.
Detalhes do livro
Editora: Todavia; 1ª edição (7 junho 2024) Idioma: Português Capa comum: 224 páginas ISBN-10: 6556926035 ISBN-13: 978-6556926032 ASIN: B0D36Q4QQG Dimensões: 13.5 x 1.3 x 20.8 cm.