
(…) Escrito por um dos maiores romancistas americanos, Submundo é uma história de amor e desilusão. Atravessando meio século da história americana, DeLillo aproxima os personagens mais díspares e os dramas mais extraordinários, estilhaços de um impressionante mosaico de um mundo onde os dramas não admitem nenhum heroísmo.
Submundo (Nova edição)
Neste tão celebrado romance, Don DeLillo compõe um painel monumental do mundo contemporâneo, do auge da Guerra Fria ao dilema dos ex-países soviéticos às voltas com seus lixos atômicos e resíduos tóxicos. Para tanto, DeLillo desfia os dramas individuais de um grupo de personagens extraordinários que têm mais em comum uns com os outros do que pode imaginar o leitor à primeira vista.
Uma grande artista que vive no deserto, onde pinta fuselagens de aviões de guerra; um especialista em armazenamento de lixo tóxico; um serial killer que mata motoristas no trânsito; os convidados do célebre baile de máscaras de Truman Capote no Hotel Plaza de Nova York; um gênio do grafite numa sociedade devastada pela Aids.
Os protagonistas desta saga contemporânea não são mais os membros de uma única família ou comunidade, mas os cidadãos de um submundo que representa a dramática falência da modernidade.
Fazendo uso de uma surpreendente técnica narrativa não-linear, pulando do futuro para o passado e do passado para o futuro não só entre os capítulos, mas de uma frase para outra, Don DeLillo confirma com este romance o seu lugar como um dos escritores mais originais e inventivos do nosso tempo.
#TRECHOS do livro
(…) As cores de sangue coagulado e corpos amontoados, é um verdadeiro catálogo de maneiras horríveis de morrer. Edgar olha para o céu em chamas ao longe, além dos pro- montórios da página da esquerda — a Morte ao longe, Conflagração em muitos lugares, Terror universal, corvos, cor- vos planando silenciosos, um corvo pousado para sempre no lombo do pangaré branco, preto e branco, e Edgar pensa numa torre solitária no Campo de Prova do Casaquistão, a torre armada com a bomba, e quase consegue ouvir o vento varrendo as estepes da Ásia Central, lá onde os inimigos trajam casacões e chapéus de pele e falam aquela língua antiga e pesada deles, litúrgica e grave.
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(…) À medida que escurece, o campo vai assumindo uma luminosidade mais profunda. O gramado é incandescente, tem calor e um brilho úmido. Passa gente correndo, com um ar meio incendiado, e Russ Hodges caminha com os passos incertos de um turista em algum bazar oriental, usando a mão para se esgueirar em meio à multidão.
(…) Russ Hodges está em cima de uma caixa de equipamento tentando descrever a cena dentro do clube e sabe que não está dizendo coisa com coisa e os jogadores que sobem na caixa para falar com ele também não estão dizendo coisa com coisa e estão todos falando com vozes forçadas, vozes arrebentadas, guinchos animalescos noturnos.
(…) Eu estava dirigindo meu Lexus, contra o vento. Esse carro é montado numa área de trabalho completamente isenta de presença humana. Sem uma gota de suor mortal, com exceção, vá lá, dos sujeitos que saem da fábrica dirigindo o produto eles devem deixar um pouco de umidade no volante.
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Conheça o autor
DON DELILLO nasceu em Nova York em 1936. Sua obra inclui romances, contos e peças de teatro. Em 1985, recebeu o prestigioso National Book Award por Ruído branco. Também foi agraciado com o PEN/Faulkner Award e o Library of Congress Prize for American Fiction. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão Os nomes (1982), Cosmópolis (2003) e Zero K (2016), todos publicados pela Companhia das Letras.
Detalhes do Livro
Editora: Companhia das Letras; 2ª edição (17 abril 2023)
Idioma: Português
Capa comum: 816 páginas
ASIN: B0BVNNQ59H
ISBN-10: 6559215210
ISBN-13: 978-6559215218
Dimensões: 16 x 3 x 23 cm

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Livro – Stella Maris (O passageiro Livro 2)
No segundo volume do díptico iniciado com O passageiro, o vencedor do Prêmio Pulitzer Cormac McCarthy mergulha na vida de Alicia, internada no hospital psiquiátrico Stella Maris no início dos anos 1970. Em sessões com seu terapeuta, ela aos poucos narra sua história, num retrato íntimo sobre a perda, a saudade e a loucura.
“McCarthy volta com dois golpes em sequência […]. O esperado retorno de uma lenda.” ― Esquire
1972, Black River Falls, Wisconsin: Alicia Western, aos vinte anos de idade e com quarenta mil dólares em um saco plástico, dá entrada no hospital psiquiátrico Stella Maris. Candidata ao doutorado em matemática pela Universidade de Chicago, é diagnosticada como paranoide esquizofrênica, com um longo histórico de alucinações visuais e auditivas.
Em conversas com seu terapeuta, Alicia contempla a natureza da loucura e a insistência humana em ver o mundo sempre de uma única forma. Ela se lembra da infância e discute as interseções entre filosofia e física, narrando ao doutor suas quimeras e alucinações ― personagens surreais que falam com ela e que só ela pode ver.
Enquanto isso, ela tenta suportar a falta de Bobby, seu irmão, que sofreu um acidente e está entre a vida e a morte. Alicia ressente sua distância e ausência, mas não quer falar da relação que tiveram: uma relação de amor proibida, que deixou marcas profundas em ambos.
Narrado por meio de transcrições das sessões psiquiátricas, Stella Maris não é apenas uma sequência de O passageiro; é um livro que o complementa ao acrescentar uma nova perspectiva à história de Bobby Western ― e proporciona uma discussão filosófica que questiona as noções de Deus, da verdade e da própria existência.
É um romance enigmático e profundo, de um dos maiores mestres da literatura norte-americana atual.
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Conheça o autor
Cormac MC Carthy nasceu em Rhode Island, EUA, em julho de 1933. É autor de livros seminais da literatura norte-americana, como Meridiano de sangue, a Trilogia da Fronteira (composta de Todos os belos cavalos, A travessia e Cidades da planície), Onde os velhos não têm vez e A estrada.
Recebeu prêmios como o Pulitzer, o National Book Award e o National Book Critics Circle Award.
