(…)”Árido” oferece uma visão profunda e realista da vida no sertão nordestino, permitindo que o leitor compreenda as lutas e a resiliência das comunidades locais.
(…)Com contos de diferentes autores, a coletânea apresenta múltiplas perspectivas, enriquecendo a experiência de leitura e proporcionando uma ampla visão das complexidades humanas.
(…)Através de uma linguagem poética, o livro provoca reflexões sobre identidade, memória e esperança, convidando o leitor a se conectar emocionalmente com as histórias e a cultura nordestina.
Árido
Livro – Árido: Histórias de outras vidas secas
Escrito por: Ana Paula Lisboa, Cristhiano Aguiar, Fabiane Guimarães, José Falero e Tanto Tupiassu
Publicado pela primeira vez em 1938, o romance Vidas secas viria a se tornar a obra mais emblemática de Graciliano Ramos. Para celebrar o autor e manter vivos os temas que pautaram sua trajetória literária, a coletânea Árido reúne alguns dos mais promissores autores contemporâneos de todas as regiões do Brasil para contar as histórias de um povo que ainda, sob muitos aspectos, encara os mesmos desafios: fome, miséria, solidão, violência e abandono.
A permanência no tempo é a mais evidente das formas de consagração de um escritor, porém o reconhecimento definitivo de sua importância só ocorre quando ele passa a influenciar outros autores, transformando-se de simples narrador em fonte de inspiração.
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Mais relevante do que nunca, a obra de Graciliano Ramos serve como ponto de partida e louvação para os muitos Fabianos, Sinhás Vitória, Baleias e meninos mais velhos e mais novos deste Brasil de coração árido. Estes contos nos transportam àquele ponto de convergência em que ser pessoa e ser bicho se confundem, onde violência e compaixão se revezam, um lugar no qual reina a desesperança e o esquecimento.
📕Aproveite – “Pegue o seu livro”
➡️Pontos importantes do livro: “Árido: Histórias de outras vidas secas” de Ana Paula Lisboa
(…) O livro captura a realidade do sertão nordestino, mostrando as dificuldades enfrentadas pelas comunidades devido à seca. Essa representação autêntica permite que o leitor compreenda a resiliência do povo nordestino.
(…) Cada autor traz sua própria voz e estilo, o que enriquece a coletânea. Essa diversidade ajuda a criar um mosaico de experiências e perspectivas, refletindo a complexidade da vida no sertão.
(…) Os contos exploram a luta diária dos personagens para sobreviver em um ambiente hostil. Essa resistência é um tema central, simbolizando a força e a coragem do povo que habita essa região.
(…) A interação dos personagens com a natureza é um aspecto crucial. A seca não é apenas uma condição adversa, mas também um elemento que molda suas vidas, influenciando suas crenças e práticas.
(…) O livro valoriza a oralidade e a memória, essenciais para a construção da identidade nordestina. As histórias contadas refletem tradições que são passadas de geração em geração, preservando a cultura local.
(…) Além da narrativa pessoal, os contos tocam em questões sociais, como a desigualdade e a marginalização. Essa abordagem crítica instiga reflexões sobre as injustiças que afetam as comunidades do sertão.
(…) A linguagem utilizada pelos autores é frequentemente poética e evocativa, o que intensifica a experiência de leitura. Essa prosa lírica transforma a dureza da realidade em uma expressão artística rica e emocionante.
(…) Apesar das dificuldades, os contos não são apenas sombrios. Há uma corrente de esperança que perpassa as narrativas, mostrando que, mesmo nas piores circunstâncias, a vida e os sonhos persistem.
(…) As interações entre os personagens revelam a profundidade das relações humanas em tempos de crise. Amizades, rivalidades e laços familiares são explorados, enriquecendo a narrativa.
(…) A água é um símbolo central no livro, representando vida e sobrevivência. A escassez desse recurso essencial reforça a vulnerabilidade das comunidades e a urgência de uma gestão sustentável.
(…) “Árido” é uma celebração da cultura nordestina, abrangendo suas tradições, músicas e costumes. A obra destaca a riqueza cultural da região, promovendo um maior reconhecimento e valorização de suas histórias.
Conheça o Autor
Ana Paula Lisboa é escritora, editora, apresentadora e colunista. Favelada e carioca de nascimento, atualmente divide a vida entre o Rio de Janeiro e Luanda, ligada a diversos projetos nas áreas de produção cultural e comunicação na capital angolana. Escritora desde os 14 anos, publicou contos e poesias em coletâneas nacionais e internacionais.
Hoje se define como Artista Textual, utilizando da palavra escrita e falada em diferentes plataformas, mas sempre no desejo da visibilização na narrativa e gramática negra no mundo. Escreve periodicamente na newsletter Cabeça de Sardinha e desde 2016 para o Segundo Caderno do jornal O Globo, além de editar o jornal comunitário Maré de Notícias.
Cristhiano Aguiar nasceu em Campina Grande, Paraíba. Autor de livros como Na Outra Margem, o Leviatã e Gótico Nordestino, ele é também crítico literário e professor. Formado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e doutor em Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Aguiar também foi pesquisador visitante nas universidades de Berkeley, Princeton e UCLA. Em 2022, ganhou o Prêmio Clarice Lispector, da Biblioteca Nacional.
Fabiane Guimarães nasceu no interior de Goiás, onde cresceu e começou a escrever ainda criança. Jornalista formada pela Universidade de Brasília (UnB), é autora dos romances Como se fosse um monstro e Apague a luz se for chorar, obra finalista do Prêmio São Paulo de Literatura e do Prêmio Candango de Literatura.
José Falero nasceu em Porto Alegre e estreou na literatura com Vila Sapo, uma elogiada coletânea de contos. É também autor dos livros Os Supridores, finalista do Prêmio Jabuti 2021 e vencedor do Prêmio AGES, da Associação Gaúcha de Escritores, e Mas em que mundo tu vive?, além de publicar uma crônica semanal na revista digital Parêntese.
Tanto Tupiassu, pseudônimo de Fernando Gurjão Sampaio, nasceu em Belém do Pará, cidade onde vive e de onde não pretende sair. Seu primeiro livro, Ladir vai ao parque e outras histórias, foi premiado e publicado pela Fundação Cultural do Pará em 2018, e o segundo, Dois mortos e a morte e outras histórias, best-seller da revista Veja, saiu pela Editora Rocco em 2023
Detalhes do livro
Editora: Rocco; 1ª edição: 31 outubro 2024; Idioma: Português; Capa comum: 112 páginas; ISBN-10: 6555324872; ISBN-13: 978-6555324877; ASIN: B0DJ9LCKNV; Dimensões: 14 x 1 x 21 cm.