(…)”Essa coisa viva que me pariu, que me criou, que me deu colo, que me ensinou a andar, que me ensinou a falar, que me ensinou a ler, que me ensinou a escrever, que me ensinou a pensar, que me ensinou a amar, que me ensinou a odiar, que me ensinou a perdoar, que me ensinou a esquecer, que me ensinou a lembrar, que me ensinou a viver, que me ensinou a morrer.”
(…)”Quando completa um ano da morte de sua mãe, que vivia no interior de Minas Gerais, uma botânica de renome internacional resolve pôr os pingos nos is de uma relação permanentemente marcada pela instabilidade, pela culpa e pelo rancor.”
(…)”Entre a crônica familiar e a meditação sobre os laços emocionais que muitas vezes são construídos por meio da violência (real ou simbólica), Essa coisa viva faz o inventário de duas vidas unidas para além das questões emocionais.”
(…)”Essa coisa viva” é um livro que explora temas como a relação entre mãe e filha, o luto, a violência familiar e o perdão. É um livro tocante e reflexivo que nos convida a pensar sobre nossas próprias vidas e relações.
Essa coisa viva
Livro – Essa coisa viva escrito por Maria Esther Maciel
Quando completa um ano da morte de sua mãe, que vivia no interior de Minas Gerais, uma botânica de renome internacional resolve pôr os pingos nos is de uma relação permanentemente marcada pela instabilidade, pela culpa e pelo rancor. A tarefa, pode-se imaginar, é das menos simples.
E envolve uma miríade de lembranças, cenas familiares, violência abafada pelas convenções sociais e a consciência (sempre dolorosa) de que, por mais que nos esforcemos, as armadilhas dos afetos sempre estão pelo caminho. E seguem nos machucando, muito tempo depois dos eventos traumáticos. Neste romance tocante e poderoso, Maria Esther Maciel parte das “coisas” ― plantas, objetos, insetos ― para reconstruir o passado da protagonista.
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A mãe, centro das rememorações, foi uma mulher a um só tempo vítima de seu tempo e algoz da própria filha. Uma mulher que alardeava a própria infelicidade e que parecia não desejar a satisfação alheia ― especialmente da filha, por quem nutria uma obsessão feita de reproches, cobranças, destruição da autoestima e desejos obscuros.
Entre a crônica familiar e a meditação sobre os laços emocionais que muitas vezes são construídos por meio da violência (real ou simbólica), Essa coisa viva faz o inventário de duas vidas unidas para além das questões emocionais.
Duas vidas permanentemente assombradas pelos eventos decisivos que as afastariam para sempre.
#Trechos do #Livro
(…)”Ela era meu porto seguro, meu refúgio, meu lar. Era para ela que eu corria quando estava com medo, quando estava triste, quando estava feliz. Era ela quem me acolhia, quem me escutava, quem me dava conselhos, quem me dava amor.”
(…)”Eu não sabia como lidar com a dor. Eu não sabia como lidar com a culpa. Eu não sabia como lidar com a raiva. Eu não sabia como lidar com a saudade.”
(…)”Aos poucos, fui aprendendo a lidar com a dor. Fui aprendendo a lidar com a culpa. Fui aprendendo a lidar com a raiva. Fui aprendendo a lidar com a saudade.”
(…)”Minha mãe era uma mulher violenta. Ela me batia, me xingava, me humilhava. Ela me fazia sentir que eu não valia nada.”
(…)”A violência da minha mãe me marcou para sempre. Ela deixou cicatrizes em meu corpo e em minha alma.”
Conheça o Autor
Ficcionista, poeta, editora e ensaísta, Maria Esther Maciel foi professora da UFMG e hoje atua na Unicamp. Publicou, entre outros, Pequena enciclopédia de seres comuns (Todavia), O livro dos nomes, A vida ao redor, Animalidades: Zooliteratura e os limites do humano. Vive em Belo Horizonte.
Detalhes do livro
Editora: Todavia; 1ª edição (12 janeiro 2024) Idioma: Português Capa comum: 128 páginas ISBN-10: 655692556X ISBN-13: 978-6556925561 ASIN: B0CPQZLJ5C Dimensões: 13.5 x 1.1 x 20.8 cm.