(…)Capítulo 1: Sussurros da Tempestade: “O vento uivava entre as árvores, carregando consigo o aroma salgado do mar e o farfalhar das folhas secas. Era um som melancólico, como um lamento que prenunciava a tempestade que se aproximava. No céu, nuvens escuras se amontoavam, formando uma muralha impenetrável que bloqueava a luz do sol. A tarde, que antes era radiante e quente, agora se transformava em um crepúsculo prematuro.”
(…)Capítulo 5: Conflitos Internos: “As palavras de Rafael ecoavam em sua mente, como um mantra que a atormentava. ‘Você é a tempestade, Cecily. Você a criou.’ Ela apertou os punhos, lutando contra as lágrimas que teimavam em cair. A culpa a consumia, um peso esmagador que a deixava sem fôlego. Seus pensamentos eram um turbilhão de dúvidas e incertezas.”
(…)Capítulo 10: Conflitos Externos: “A batalha se desenrolava diante de seus olhos, um espetáculo terrível de violência e destruição. Soldados lutavam corpo a corpo, baionetas ensanguentadas reluzindo à luz da lua. O ar era carregado com o cheiro de pólvora, sangue e morte. Cecily se encolheu atrás de uma pilha de caixas, tremendo de medo e horror.”
A tempestade que criamos
Livro – A tempestade que criamos escrito por Vanessa Chan
Um romance fascinante sobre a guerra e as consequências chocantes de nossas escolhas.
Malásia, 1945. A família de Cecily Alcantara corre perigo: Abel, seu filho de quinze anos, desapareceu, e Jasmin, a caçula, passa os dias confinada em um porão para escapar do risco de ser levada às estações de conforto. Jujube, a filha mais velha, trabalha em uma casa de chá frequentada por soldados japoneses, e sua raiva só aumenta. Cecily tem certeza de duas coisas: é tudo culpa dela, e sua família não pode nunca saber a verdade.
Anos antes, Cecily estava desesperada para ser mais do que uma dona de casa, esposa de um burocrata de médio escalão na Malásia ocupada pelos britânicos. Um encontro ao acaso com o general Fujiwara a levou para uma vida de espionagem, seduzida pelo sonho da “Ásia para os asiáticos”. O que aconteceu, porém, foi que ela teve participação na tomada dos japoneses no país, numa ocupação ainda mais brutal.
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Uma década mais tarde, conforme a guerra chega ao ápice no continente, suas ações começam a cobrar um preço. Agora, a família de Cecily está à beira da destruição ― e ela fará de tudo para salvá-los.
É 15 de fevereiro de 1945, aniversário de Abel, e ele não voltou para casa.
O pai e as irmãs se preocupam, começam a procurá-lo e a pedir ajuda dos vizinhos, mas a mãe dele, Cecily, não diz nada. Ela sabe que algo terrível aconteceu, porque coisas ruins acontecem com pessoas ruins, e é isso que ela é. Sua família está pagando o preço pelas escolhas que ela fez dez anos atrás, em especial seus três filhos: Jujube, Abel e Jasmin.
Abrangendo anos de dor e triunfo, contados pela perspectiva de quatro personagens inesquecíveis, A tempestade que criamos é uma saga deslumbrante sobre os horrores da guerra, as relações tensas entre colonizados e opressores, e a ambiguidade entre o certo e o errado quando o que está em jogo é a sobrevivência.
Conheça o Autor
Vanessa Chan nasceu e foi criada na Malásia. Seus contos já foram publicados em diversas revistas literárias, e A tempestade que criamos é seu primeiro romance. Atualmente vive no Brooklyn, em Nova York.
Detalhes do livro
Editora: Paralela; 1ª edição (20 fevereiro 2024) Idioma: Português Capa comum: 272 páginas ISBN-10: 8584393633 ISBN-13: 978-8584393633 ASIN: B0CQ3VHSXN Dimensões: 15.6 x 1.4 x 23 cm.
