(…)”As ruas eram como um labirinto sem saída, e Bigger se sentia preso, sufocado. Era como se as paredes dos prédios estivessem se fechando em volta dele, e ele não conseguisse respirar.”
(…)”Bigger sentia uma raiva que queimava dentro dele. Uma raiva que o consumia e o cegava. Ele queria explodir, queria destruir tudo ao seu redor.”
(…)”Apesar de toda a opressão e da violência, Bigger ainda tinha um pouco de esperança. Ele sonhava com um dia em que os negros seriam livres e iguais aos brancos.”
(…)”Bigger era constantemente confrontado com estereótipos negativos sobre a masculinidade negra. Ele era visto como um negro preguiçoso, ignorante e violento.”
Filho nativo
Livro – Filho nativo escrito por Richard Wright
Clássico da literatura americana, Filho nativo transcende as fronteiras dos Estados Unidos e da época em que a obra foi escrita para tratar de um drama maior: como construir uma vida justa e democrática em uma sociedade erguida sobre o duplo pilar do escravismo colonial e da supremacia branca?
Publicado originalmente em 1940, Filho nativo fez de Richard Wright o primeiro escritor negro a ser reconhecido como celebridade na cena literária mundial. Nas décadas seguintes, a obra se tornou um clássico americano e referência incontornável da literatura afro-diaspórica.
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Ambientado na Chicago da década de 1930, o livro conta a história de Bigger Thomas, um jovem negro massacrado pela pobreza, assombrado pelos traumas de uma irrecuperável memória da escravidão e atiçado pela consciência de que as injustiças que o atingem beneficiam as pessoas brancas.
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A pergunta de fundo é: para onde caminha uma sociedade que relega a juventude negra à miséria e às arbitrariedades da indecorosamente injusta divisão de recursos e de poder perpetuadas desde os tempos da escravidão?
Escrita em um ritmo cativante e no estilo característico de um thriller, esta obra formidável é, ao mesmo tempo, uma condenação da injustiça social e um retrato implacável da experiência negra no mundo moderno.
➡️Leia Trechos do livro: “Filho nativo” de Richard Wright
(…)Ele odiava todos os brancos. Odiava a forma como olhavam para ele, como se ele fosse um animal. Odiava a forma como o tratavam, como se ele não fosse um ser humano.”
(…)Bigger sabia que nunca seria livre. Ele sempre estaria preso em sua pele negra, sempre seria visto como um negro pelos brancos.
(…)A frustração de Bigger era tão grande que ele não conseguia mais pensar com clareza. Ele só queria machucar alguém, queria fazer alguém sofrer tanto quanto ele sofria.
(…)Bigger não se importava mais com nada. Ele só queria se sentir livre, só queria escapar da dor.
(…)Bigger sabia que a luta pela liberdade seria longa e árdua, mas ele estava determinado a vencer.
(…)No final, Bigger encontrou a paz ao aceitar seu destino. Ele sabia que nunca seria livre no mundo dos brancos, mas ele era livre em sua própria mente.
(…)Bigger lutava para se definir como homem em um mundo que o negava sua humanidade.
(…)No final, Bigger encontrou força e dignidade ao rejeitar os estereótipos negativos e abraçar sua própria identidade.
(…)Bigger se sentia alienado da sociedade branca e da sociedade negra. Ele não se encaixava em nenhum lugar.
(…)A alienação de Bigger o levou ao isolamento e à desesperança.
(…)Mesmo nos momentos mais sombrios, Bigger nunca perdeu completamente a esperança.
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Conheça o Autor
Richard Wright nasceu em 1908 no Mississipi, região no sul dos Estados Unidos, onde à época vigorava um duro regime de segregação racial. Em 1927, a fim estabelecer-se como escritor, migra para Chicago e depois para Nova York.
Escreveu contos, romances, novelas e ensaios. Dentre suas principais obras estão Black Boy (1945), The Outsider (1953) e White Man, Listen! (1957). Morreu em 1960, exilado em Paris.
Detalhes do livro
Editora: Companhia das Letras; 1ª edição (25 junho 2024) Idioma: Português Capa comum: 504 páginas ISBN-10: 8535936734 ISBN-13: 978-8535936735 ASIN: B0D1J35HRV Dimensões: 14 x 2.8 x 21 cm.