“(…) Bórgia, cujos quatro volumes originais foram lançados na França entre os anos de 2004 e 2010, enfim ganha um volume integral de luxo pela editora Pipoca & Nanquim!”
Bórgia
Bórgia, cujos quatro volumes originais foram lançados na França entre os anos de 2004 e 2010, enfim ganha um volume integral de luxo pela editora Pipoca & Nanquim!
Pecaminosa, violenta e corrosiva, esta obra é o resultado da parceria de dois titãs do mercado de quadrinhos, Alejandro Jodorowsky e Milo Manara, que aqui se unem para tecer uma trama que poderia muito bem ser mera ficção… mas não é!
No século XV, por meio de intrigas, subornos, ameaças e outros crimes, o espanhol Rodrigo Bórgia torna-se o papa Alexandre VI e dá início a um dos períodos mais controversos e deturpados da Igreja Católica, enquanto ostenta o cargo de seu representante máximo (de 1492 a 1503).
Tido como “o papa mais corrupto” de todos os tempos, e sua família apontada por Jodorowsky como “o primeiro clã mafioso” da história da humanidade, a sede de Rodrigopelo poder absoluto alimentou acusações de nepotismo, venda de cargos eclesiásticos, fratricídio, incesto, envenenamento e manipulação política.
As práticas ilícitas do pai acabaram por se estender aos demais membros de sua família, particularmente seus filhos: César, Lucrécia, Giovanni e Godofredo. Num mundo em que a “Palavra de Deus” se transforma numa desculpa para a promoção de atrocidades inimagináveis, quem pode deter um homem que se senta no topo do mundo?
Ao longo de 228 páginas coloridas, sob a pena afiada de Jodorowsky e a arte exuberante de Manara, o leitor não só é convidado a um passeio por uma sociedade decadente, mergulhada no caos e assolada pela peste, como também é levado a refletir a respeito de uma perturbadora relação entre as superpotências do passado e as atuais.
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Apresentado em capa durae miolo em papel couché de alta gramatura, Bórgia também traz um posfácio inédito do roteirista, galeria de arte e biografia dos autores.
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Sobre o autor
Nascido no Chile em 1929, Alejandro Jodorowsky é diretor de cinema e teatro, roteirista, dramaturgo, ator, quadrinista, poeta, mímico, psicomago, músico e guru espiritual. É conhecido mundialmente por seus filmes de vanguarda, como El Topo (1970), a Montanha Sagrada (1973) e a Dança da Realidade (2013),que o estabeleceram como um dos diretores mais transgressores do século XX. Nos quadrinhos, desenvolveu o conceito do “Jodoverso”, que abrange os derivados de sua obra-prima, Incal, como A Casta dos Metabarões, Os Tecnopapas e Castaka; além de trabalhos ovacionados mundo afora, como Bórgia, A Louca do Sagrado Coração, Olhos de Gato, Bouncer, entre outros.
Nascido Maurilio Manara em 12 de setembro de 1945, em Luson, na Itália, é celebrado como o maior expoente dos quadrinhos eróticos do mundo. Começou sua trajetória no ramo das HQs em 1969, ao publicar o conto policial Genius, pela editora FurioViano. Em 1983, com o lançamento do álbum Clic, o mundo foi apresentado ao erotismo que impregnaria suas obras vindouras. O sucesso de Clic concedeu a Milo Manara fama internacional, gerou três sequências e uma adaptação cinematográfica, em 1985. Logo, seu talento o pôs em contato com outros gênios do meio artístico, como o amigo e mentor Hugo Pratt, com quem lançou os álbuns Verão Índio e El Gaucho; o diretor italiano Federico Fellini, que cedeu dois roteiros de cinema que se transformaram em Viagem a Tulum e Il Viaggio di G. Mastorna, Detto Fernet (incompleto em decorrência da morte de Fellini); o cineasta e escritor chileno Alejandro Jodorowsky, com quem criou a série em quatro volumes Bórgia; o escritor Neil Gaiman, com quem produziu Sandman: Noites Sem Fim, coletânea de histórias para a DC/Vertigo; e Chris Claremont, cuja parceria rendeu a edição X-Men: Garotas em Fuga. Em 1998, entrou para o Jack Kirby Hall of Fame do Prêmio Harvey, e, em 2004 e 2012, ganhou o Prêmio Eisner, nas categorias Melhor Antologia e Melhor Edição Norte-Americana de Material Estrangeiro. Desde 1970 está casado com Luisa Fedrigoli, com quem tem dois filhos, Simona e Mario.
