(…)Construção da Branquitude: A identidade branca é uma construção social que se naturaliza e se oculta, perpetuando desigualdades raciais.
(…)Representações Culturais: A literatura e a mídia reforçam a branquitude e marginalizam identidades não brancas.
(…)Presença da Ausência: A branquitude se afirma ao evitar debates sobre racismo, criando uma falsa neutralidade.
Imagens da branquitude
Livro – Imagens da branquitude: A presença da ausência
Escrito por: Lilia Moritz Schwarcz
Em livro preciso, Lilia Moritz Schwarcz analisa o fenômeno social e cultural da branquitude a partir de suas manifestações simbólicas e iconográficas.
“Ninguém lê livremente e sem as lentes e códigos da sua cultura.” A maneira pela qual as imagens nos afetam é condicionada por esquemas visuais – em geral nada inocentes – que nos foram transmitidos, e que carregam uma interpretação específica daquilo que é representado.
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Em Imagens da branquitude, Lilia Moritz Schwarcz analisa uma iconografia múltipla, do século XVI ao presente, passando por mapas, monumentos públicos, fotografias, publicidade, e, a partir do exame detido desses testemunhos, identifica como são atravessados por práticas racistas, buscando “desnaturalizar” essas concepções.
Muito mais do que uma análise meramente iconográfica e recortada, esta é uma história, na longa duração, de como a branquitude se manifestou simbolicamente, em especial por meio da visualidade, de modo a estabilizar um ambiente de hierarquização ou estruturas de subordinação.
A presença forte mas racialmente ausente dos brancos nesses registros visuais, com o decorrente pressuposto de que seriam o normal ou o intrinsecamente dominante, assoma como ponto central deste livro necessário, que nos convida a olhar para essa produção imagética e fazer o exercício de lê-la na contramão.
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➡️Breve resumo de cada capítulo do livro: “Imagens da branquitude” de Lilia Moritz Schwarcz
(…)A Construção da Branquitude: A identidade branca no Brasil é uma construção social que molda as relações de poder e influencia a forma como os indivíduos percebem e tratam a diversidade racial. A branquitude é muitas vezes invisível e naturalizada, contribuindo para a manutenção de desigualdades raciais.
(…)Representações na Literatura e Mídia: A literatura e a mídia desempenham um papel crucial na perpetuação da branquitude ao promover imagens e narrativas que reforçam a supremacia branca, enquanto marginalizam e estereotipam identidades não brancas.
(…)A Presença da Ausência: A “presença da ausência” da branquitude é um conceito central que revela como a identidade branca se afirma ao se ausentar de debates sobre racismo e desigualdade, criando uma falsa sensação de neutralidade.
(…)Hierarquias Raciais e Poder: A construção da branquitude é fundamental para a manutenção das hierarquias raciais e sociais no Brasil, influenciando as estruturas de poder e a dinâmica social.
(…)Narrativas Históricas e Identidade: Narrativas históricas frequentemente legitimam e reforçam a branquitude, moldando a percepção pública da história e do papel dos brancos na sociedade brasileira.
(…)Política e Cultura: A política e a cultura brasileiras são arenas onde a branquitude é continuamente afirmada e reforçada, influenciando a forma como as políticas públicas e culturais são formuladas e recebidas.
(…)Invisibilidade da Branquitude: A invisibilidade da branquitude serve para naturalizar a supremacia branca e desviar a atenção dos problemas raciais, perpetuando a desigualdade e a exclusão.
(…)Desafios e Mudanças Necessárias: É necessário enfrentar e desafiar a construção da branquitude para promover uma sociedade mais justa e igualitária. Mudanças estruturais e culturais são essenciais para reduzir as desigualdades raciais.
(…)Imagens e Estereótipos: Imagens e estereótipos relacionados à branquitude são utilizados para reforçar normas sociais e raciais, perpetuando a marginalização de grupos não brancos.
(…)Diversidade e Inclusão: A promoção da diversidade e inclusão é complexa dentro de um sistema que valoriza a branquitude. Reformas profundas são necessárias para que a diversidade seja genuinamente respeitada e valorizada.
(…)Relação com a Negritude: A identidade branca afeta profundamente a experiência e a representação da negritude, influenciando as interações e as percepções entre grupos raciais.
(…)Estudos de Caso: Estudos de caso ilustram como a branquitude é manifesta e percebida em contextos específicos, destacando a necessidade de uma análise crítica mais aprofundada.
(…)Reflexão Crítica: A reflexão crítica sobre a branquitude revela a importância de revisar e questionar as estruturas sociais e culturais que perpetuam desigualdades e exclusões.
(…)Impactos da Branquitude na Identidade Nacional: A identidade nacional brasileira é profundamente influenciada pela branquitude, que molda as percepções sobre pertencimento e cidadania.
(…)Caminhos para o Futuro: Para construir uma sociedade mais equitativa, é essencial reconhecer e desconstruir a branquitude, promovendo uma maior justiça social e inclusão para todos os grupos raciais.
Conheça o Autor
Lilia Moritz Schwarcz é professora sênior do departamento de antropologia da USP e visiting professor na Universidade de Princeton (EUA).
Entre outros livros, é autora de O espetáculo das raças (1993), As barbas do imperador (1998, prêmio Jabuti de Livro do Ano), Brasil: uma biografia (2015, com Heloisa Murgel Starling), Lima Barreto – Triste visionário (2017, prêmio APCA de Biografia) e O sequestro da Independência (2022, com Carlos Lima Junior e Lúcia Klück Stumpf).
Organizou também os volumes Dicionário da escravidão e liberdade (2018, com Flávio dos Santos Gomes), Dicionário da república (2019, com Heloisa Murgel Starling) e Enciclopédia negra (2021, com Flávio dos Santos Gomes e Jaime Lauriano, prêmio Jabuti de Ciências Humanas). Foi eleita imortal na Academia Brasileira de Letras em 2024.
Detalhes do livro
Editora: Companhia das Letras; 1ª edição (20 agosto 2024) Idioma: Português Capa comum: 432 páginas ISBN-10: 8535937854 ISBN-13: 978-8535937855 ASIN: B0D6T213G5 Dimensões: 15.7 x 2.4 x 23 cm.