(…)O livro explora a ascensão de “zonas autônomas” – áreas com leis e governança próprias – como Canary Wharf em Londres, Dubai e Cingapura.
(…)A história das zonas autônomas, desde as cidades-estados medievais até os paraísos fiscais modernos.
(…)Estudos de caso de zonas autônomas em diferentes partes do mundo, como Hong Kong, Cingapura e Dubai.
(…)A crítica de Slobodian ao “capitalismo destrutivo” e seus efeitos na democracia e na justiça social.
Capitalismo destrutivo
Livro – Capitalismo destrutivo: Os radicais do mercado e a ameaça de um mundo sem democracia
Escrito por: Quinn Slobodian
Quantos países existem no mundo?
A resposta é: cerca de duzentos.
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Agora pense no ano de 2150.
Quantos haverá?
Qual futuro o mapa-múndi de hoje sugere?
A imagem mais conhecida do mapa-múndi, a que é ensinada desde a escola, mostra territórios delimitados por convenções. Cada pedaço de terra com sua própria bandeira, hino, traje e culinária típicas. Mas, como defende o historiador canadense Quinn Slobodian, é um erro ver a divisão do mundo de maneira uniforme e estática.
Dentro de cada país existem nações particulares, territórios anômalos com jurisdições peculiares; existem cidades-Estados, paraísos fiscais, zonas francas e áreas portuárias especiais, parques de alta tecnologia e distritos isentos de tarifas ou impostos. O mundo das nações está apinhado de zonas ― e elas definem e redefinem a política vigente.
Em onze capítulos envolventes, Slobodian narra a história por trás da ascensão de Canary Wharf, o moderno centro financeiro de Londres; da construção de Dubai no meio do deserto; e da exportação do modelo de Cingapura como exemplo de inovação global.
Também mostra como Hong Kong tornou-se piloto para experimentos antidemocráticos em vários países. Examina as raízes históricas de Liechtenstein, o principado entre a Áustria e a Suíça que se tornou um paraíso fiscal quando ainda não se falava nisso.
Por trás de muitos desses enclaves, reside uma teoria econômica pautada nos valores do neoliberalismo do pós-guerra. Para os teóricos, bilionários e investidores mais radicais, o sucesso dessas zonas só se fortalece com a destruição da democracia.
Longe de serem exceções, Slobodian nos mostra que esses enclaves constituem um poderoso projeto político-econômico e podem influenciar o capitalismo e as sociedades de uma forma que ainda não conseguimos compreender totalmente.
➡️Leia Trechos do livro: “Capitalismo destrutivo” escrito por Quinn Slobodian
(…)O papel dos neoliberais do pós-guerra na promoção das zonas autônomas como modelo de desenvolvimento.
(…)A ascensão de figuras como Friedrich Hayek e Milton Friedman, que defendiam a desregulamentação e a privatização.
(…)Análise das políticas implementadas nessas zonas, como baixos impostos, leis trabalhistas flexíveis e falta de sindicatos.
(…)O impacto dessas políticas na economia local e na vida dos trabalhadores.
(…)Argumentos de que as zonas autônomas criam desigualdade, erosão dos direitos trabalhistas e concentração de riqueza.
(…)A necessidade de repensar o modelo de desenvolvimento global e defender sociedades mais justas e equitativas.
(…)Reflexões sobre o futuro das zonas autônomas e do “capitalismo destrutivo”.
(…)Possíveis alternativas para um desenvolvimento mais sustentável e democrático.
(…)O papel da sociedade civil e dos movimentos sociais na resistência à erosão da democracia.
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Conheça o Autor
Quinn Slobodian mora em Cambridge, Massachusetts, e é professor de história no Wellesley College. Contribui frequentemente para The Guardian, Foreign Policy, Dissent, The Nation e The New York Times.
Detalhes do livro
Editora: Objetiva; 1ª edição (16 julho 2024) Idioma: Português Capa comum: 344 páginas ISBN-10: 8539008114 ISBN-13: 978-8539008117 ASIN: B0D42HT29Z Dimensões: 16 x 1.9 x 23 cm.